Luang Prabang, Laos – rituais budistas “almsgiving”

Mudamos de país, de língua, de escrita, de moeda e de gentes…

Aterramos na Republica Popular do Laos e escolhemos Luang Prabang, uma pequena cidade a cerca de 400 quilómetros da capital Vientiane, para os últimos três dias destas nossas férias e não podíamos terminar de forma mais perfeita pois Luang Praband é simplesmente encantadora…

Fazemos sempre a pesquisa dos voos no Skyscanner pois assim ficamos com uma visão global dos preços praticados pelas diversas companhias aéreas e dos horários disponíveis. Tem sido um motor de busca essencial! É só escolher a opção que mais nos convém e somos redirecionados para as várias hipóteses de reserva… DICA: APÓS FEITA A ESCOLHA ir ao site da PRÓPRIA COMPANHIA AÉREA… mesmo que o skyscnaner mostre opções mais baratas… é, de certeza, a mais segura a reserva na própria companhia e mais fácil a comunicação direta quando surgem contratempos!

O seu tamanho contrasta com a sua tamanha beleza e inúmeras atracões, maioritariamente localizadas no centro histórico, ao longo da rua Th Sisavangvong.

Localizada numa península formada pelos rios Mekong e Nam Khan, reúne as suas casas típicas de madeira, aliadas à arquitetura colonial de herança francesa, templos budistas, comércio vibrante e restaurantes lindos de morrer e com uma gastronomia deliciosa, apesar de extremamente picante!

Mas o que nos chamou de imediato à atenção é que ali ninguém apita nas estradas, nem existem engarrafamentos… com estilo de vida calmo e relaxado, diria mesmo, zen, é impossível resistir a esta pérola do Sudeste Asiático!

Escolhemos mais uma vez um hotel que prima pela localização, para podermos explorar o centro a pé:

Hotel Sanctuary Luang Prabang – https://www.booking.com/hotel/la/sanctuary-luang-prabang

Mas são inúmeras as opções de alojamento:

Booking.com

Tendo chegado já de noite, o primeiro “cheirinho” da cidade foi-nos dado pelo seu magnifico “night market” com dezenas de bancas de artesanato e produtos locais a preços baixíssimos e onde, ao contrário dos outros por onde tínhamos passado podemos ver tudo à vontade, sem termos logo alguém a chatear-nos para comprar.

Para o dia seguinte estava programado um passeio pelos “arredores”:

Sairmos bem cedo da cidade rumo ás cavernas “Pak Ou” acompanhados por um frio e nevoeiro que tornou desagradável a subida do Rio Mekong mas que deu para apreciar como vivem as gentes nas suas margens e pudemos desfrutar das lindas paisagens do percurso que se desmultiplicam e se esvaiem em campos de arroz, em planícies semi-inundadas, em povoações e casas com alicerces em terra e em água.

Tour conjunta ás Cavernas Pak Ou e Kuang si Waterfalls- https://www.getyourguide.com/full-day-pak-ou-caves-and-kuang-si-waterfalls

Chegados aos dois santuários escavados dentro de cavernas de pedra calcária, decoradas com mais de 4.000 esculturas de Buda, acabamos por ver as nossas expectativas goradas…escuras, mal preservadas, mais pareciam um deposito de lixo onde se amontoam “à toa” budas de diversos tamanhos, que um local religioso.

Tivemos muito azar com o grupo em que estávamos integrados… perdemos imenso tempo nesta paragem e também no local onde almoçamos! Parecia que as pessoas andavam em “slow motion” e já estávamos irritados com tanta demora. E ainda tínhamos a paragem na aldeia Ban Xang Hai antes de chegarmos ás cascatas que tanto queríamos visitar ainda com o sol alto!

A paragem nesta aldeia, popularmente conhecida como aldeia de whisky também não foi a melhor experiência… sentimos-nos um pouco “enganados” pela descrição feita no programa da “tour”… não se trata verdadeiramente de uma aldeia, é um local “de negócio”, uma armadilha para turistas onde apenas se vendem produtos locais e whisky de arroz. Se calhar até a tínhamos apreciado de outra forma não fosse o adiantado da hora…

Ainda com o percurso inverso no rio para percorrer até de novo aportarmos em Luang Prabang e daí apanhar uma camioneta para as cascatas situadas a 25 quilómetros por estradões em mau estado, o tempo foi passando e a verdade é que quando finalmente chegamos ás Kuang si Waterfalls o sol já estava baixo e a temperatura já não convidava a um mergulho nas suas lindas águas azuis turquesa…de qualquer forma, o cenário de inúmeras piscinas naturais de águas azuis turquesa, alimentadas por uma queda de água de 50 metros é simplesmente imperdível, um pequeno paraíso aquático!

Com base nesta experiência aconselhamos a caso tenham dias disponíveis para fazer os dois passeios separados:

Tour Pak Ou com visita a uma verdadeira aldeia étnica – https://www.getyourguide.com/luang-prabang-l397/full-day-private-guided-pak-ou-caves-ethnic-village-tour

Ida e volta em minivan ás Kuang si Waterfalls – https://www.getyourguide.pt/minivan-de-ida-e-volta

O dia seguinte começou ainda mais cedo: 4:30 e já tocava o despertador… fomos assistir ao “almsgiving”, um dos rituais mais importantes para a religião budista em que os monges saiem descalços dos seus templos e numa fila indiana pintam, ao nascer do sol, as ruas de laranja…

A população local e hoje em dia, muitos turistas ajoelham-se ao longo dos passeios enquanto monges e noviços passam com cestas recolhendo as oferendas. Os alimentos doados são parte da única refeição diária consumida por eles! Arroz (sticky rice) e doces (como bolos e bolachas) são as doações mais comuns.

Supostamente tal recolha é feita em silêncio absoluto, um ritual cheio de espiritualidade durante o qual os monges estão em meditação, a orar e por isso não devem ser incomodados.

Mas a verdade hoje assistimos a um verdadeiro comércio em torno deste culto. Embora existam pessoas que pratiquem a fé e religiosamente se ajoelhem nos seus tapetes são mais os turistas que se acotovelam para a melhor foto, com o uso indesejado de flashes disparados incessantemente e vendedores por todo o lado que fazem desta procissão o seu modo de vida.

De qualquer forma foi um privilégio ter assistido a esta cerimónia pois vimos com os nossos próprios olhos o que o forte senso de comunidade, generosidade e unidade ainda faz no mundo pelo que apesar de se ter tornado uma atracão turística são, no fundo, tradições seculares que se preservam.

Ainda da parte da manhã fomos fazer um divertido passeio na companhia de elefantes, aprendendo um pouco sobre esta espécie em vias de extinção num abrigo a eles dedicado onde têm todos os cuidados de saúde e alimentares e vivem em liberdade. Tivemos o cuidado de escolher um local em que fossem preservados pois são inúmeras as denúncias de maus tratos desses animais e sua exploração com fins turísticos.

Fizemos a reserva diretamente na ELEPHANT VILLAGE – site : http://www.elephantvillage-laos.com/

Andar no seu dorso e atravessar o rio ao sue ritmo “pachorrento” foi uma das experiências de viagem mais fantásticas que já tivemos.

Esperava-nos depois uma subida do rio Nam Khan até ás Tad Sae Waterfalls, que correu muito melhor que a do dia anterior quer porque o tempo estava muito agradável quer porque este rio é mais intimista e resguardado. As cataratas, menos imponentes que as de Kuang Si são também muito agradáveis e proporcionam bons momentos de lazer e uns banhos refrescantes quando o calor aperta!

Regressámos já de tarde para conhecer finalmente “a fundo” a cidade.

Visitamos todos os templos emblemáticos, subimos a enorme escadaria, com 329 degraus, do monte Phousi para avistarmos o Pra That Chomsi dourado e a deslumbrante vista de 360 graus da cidade em torno do rio Mekong e do rio Nam Khan onde assistimos a um pôr do sol simplesmente fenomenal e que compensou bem o esforço da subida.

Do antigo Palácio Real aos mosaicos brilhantes e coloridos do Templo Wat Xieng Thong percorremos a cidade sem roteiro…

E numa ode aos sentidos, fomos apreciando o vento quente e deixámo-nos embalar pelos inconfundíveis cânticos dos monges budistas que nos acalmam a alma e embalam o espírito e aproveitámos para agradecer, mais uma vez, sermos felizes assim!

Ainda conhecemos um jovem monge, fervoroso adepto do futebol português, fã de Cristiano Ronaldo mas não só, conhecedor dos principais clubes lusitanos, de treinadores e outras estrelas da seleção nacional, com quem nos detivemos “à conversa”…

Despedimo-nos, com pena, no dia seguinte desta que foi a grande surpresa da viagem!

Um destino para se usufruir com tempo, pois se há coisa que a mágica Luang Prabang não gosta é de pressas…e sabe bem entrar no “relaxed Laos mood”.

Uma cidade “charmosa” pelos recantos acolhedores dos restaurantes repletos de velas e vegetação tropical, pelos templos espalhadas por todo centro histórico, pelos monges que vagueiam nas suas ruas e acima de tudo pela espiritualidade que dela emana, que nos envolve e deleita, pela paz, silencio e tranquilidade únicos deste cantinho do mundo!

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Viajar é a nossa paixão, um momento muito esperado e planeado e por isso, nada melhor do que embarcar tranquilo! Assim, fazer um seguro viagem dá-nos a segurança de que caso algum imprevisto aconteça, como o extravio de alguma mala ou mesmo a necessidade de assistência médica, não teremos que nos preocupar com dinheiro e burocracia.

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